Artigo: O que muda nos sistemas de gestão com a chegada do Open Banking?
Por Roberdan Dal Molin 14/07/2021
Com certeza você já ouviu falar do termo Open Banking, novo sistema que promete revolucionar a indústria financeira que está sendo implementado no Brasil. Mas na prática, você sabe o que isso significa? O que isso muda nas operações do dia-a-dia das empresas?
Com a recente criação do PIX e a atual agenda do Banco Central de incentivo à competitividade no Sistema Financeiro Nacional, a chegada do Open Banking traz mais opções de produtos e serviços financeiros, com menos custos, além de mais transparência aos clientes finais, que terão mais autonomia sobre sua vida financeira.
Open Banking (em inglês) Banco aberto, ou sistema bancário aberto ou compartilhamento de dados bancários pessoais, é um termo da área de serviços financeiros, que é parte da tecnologia financeira, relativo a um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições.
Na prática, o cliente será dono de seus dados financeiros e poderá escolher quando e com quais empresas vai compartilhá-los.
No Reino Unido, o sistema já funciona; nos Estados Unidos, na Austrália e no Japão, para mencionar somente alguns países, o assunto também já está sendo estudado. O Brasil tem, portanto, a chance de estar na vanguarda da inovação.
Pois bem, que isso trará diminuição da burocracia e mais opções ao mercado financeiro já entendemos, mas onde os sistemas de gestão entram nessa história?
Bem, se o cliente poderá escolher quando e com quais empresas compartilhará seus dados bancários, não seria interessante integrar esses dados ao seu sistema aonde ele poderá organizar e automatizar toda a gestão de sua empresa?
Para entendermos melhor como isso irá funcionar, vamos lembrar um pouco a evolução dos sistemas ERP.
Conforme o conceito, sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) são sistemas de gestão que permitem acesso fácil, integrado e confiável aos dados de uma empresa. A partir das informações levantadas pelo software, é possível fazer diagnósticos aprofundados sobre as medidas necessárias para reduzir custos e aumentar a produtividade.
Os primeiros ERP’s surgiram dentro das grandes indústrias, nos anos 70, mas de lá para cá muita coisa vem mudando.
Uma das principais mudanças começou há alguns anos, com a chegada dos sistemas web e o surgimento das plataformas em nuvem, que passaram a ser comercializadas na modalidade de software como serviço (SaaS – Software as a service), que ajudaram a popularizar o acesso a este tipo de software. Se antes as empresas necessitavam de toda uma área de T.I interna para fazer as instalações em cada terminal bem como fazer as manutenções, atualizações e os backup’s dos sistemas, agora eles podem ser implantados e acessados diretamente via internet, ganhando assim volume de usuários e inúmeras possibilidades de conexões a outros sistemas.
Essas novas conexões ou integrações com outros sistemas são a chave. Pois com a evolução das chamadas APIs, que permitem a integração de diferentes tecnologias, juntamente com o crescente movimento das fintechs (startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro) este mercado caminha para uma nova revolução: Os softwares de gestão ERP podem estar se tornando… bancos.
Isso mesmo, o ERP é o coração do negócio, bombeando informações para todas as áreas da organização e com a regulamentação do Open Banking isso se tornará uma realidade em breve.
Após a criação das contas digitais, hoje em dia muitas contas de pessoas físicas são abertas e gerenciadas totalmente por um aplicativo de celular, sem contato nenhum com uma agência bancária. Mas para as empresas, cadastrar um cliente ou fazer uma operação de venda no seu sistema de gestão e depois ter que replicar isso no app do banco para efetuar as transações financeiras, não faz o menor sentido. O que faz sentido é a integração entre os sistemas.
Em um futuro próximo, as empresas poderão solicitar empréstimos e até abrir uma conta bancária diretamente via sistema de gestão. Farão todas as operações dentro da plataforma, que é onde todo o resto das operações do dia a dia acontece.
Para os bancos e contas digitais, estar integrado a um sistema ERP pode significar estar mais presente neste dia a dia das empresas, aumentando seus ganhos ao oferecer serviços sob medida e reduzindo custos com infraestrutura própria. Para os fornecedores de software de gestão, estar conectado aos bancos, ajuda a fidelizar seu cliente e permite aumentar seus ganhos com a possibilidade de oferta de novos serviços.
Mas sem dúvida o maior beneficiado é o cliente, pequenas e médias empresas que terão mais produtividade, pois poderão fazer todas as operações bancárias no próprio sistema, sem a necessidade de acessar as plataformas dos bancos tradicionais.
A necessidade de mão-de-obra será reduzida, além de blindar a operação, evitando eventuais desvios de dados e erros manuais, os colaboradores poderão assim se concentrar em tarefas estratégicas do negócio. Fazer a conciliação bancária de forma manual por exemplo, será coisa do passado, porque tudo será feito de forma automática e unificada.
Em um futuro próximo, um software de gestão transferirá dinheiro para outro juntamente com a nota fiscal.
Neste cenário, os bancos ficam encarregados de oferecer os serviços financeiros e as estruturas tecnológicas para que as transações se concretizem, deixando que o sistema ERP seja a interface com o usuário.
Os ganhos para todos os envolvidos são incalculáveis.
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